domingo, 17 de outubro de 2010

A sociedade dos poetas mortos

e como encontrar estrelas no céu plúmbeo?
mais uma noite de silencio e o carnaval de cores ao nascer do dia
foram-se os palhaços do bloco da gargalhada
resquícios de pólvora de uma explosão falha.
algo pulsa dentro da dinamite desejando explosão
acende meu sangue inflamável
chamas dos amores que aqui nasceram
cinzas das paixões que aqui restaram.
e o vento, nada mais que o vento
levando tudo embora numa calma perfeita
e meu peito, pobre peito mortal
ardendo em chamas de saudade
foram todos os juízos
e sempre aguardo o final
tal e qual nos romances e contos de fadas
fraco corpo, pobre espírito fadado
ando por milhares, milhares de anos cansados
corro numa praia deserta, a noite me persegue
sedenta de sangue
desejando cada gota que resta em minhas veias.
quem dera um mundo sem diferenças
onde não fosse possível semelhanças
pobres versos sem sentido...
quero encontrar a força pra não me entregar ao vicio
de ser mais uma no meio da multidão dos fracos

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

domingo, 26 de setembro de 2010

vou estuprar a vida se ela nao me quiser.
nasci de um coito interestelar
quando aqui dei por mim
não encontrei semelhanças
sofri a dor do primeiro suspiro  
passei horas na incubadora
foram os melhores momentos da minha vida

depois vieram as paixões
levaram meus documentos
tiraram toda minha felicidade
e sorriram do meu triste fim

hoje sou ranzinza
não costumo ir ao cinema
e tenho dores de estomago ao falar de mais